O que as instituições podem fazer para melhorar a retenção do corpo docente?

O que as instituições podem fazer para melhorar a retenção do corpo docente?

Bem, isso pode ser visto de duas maneiras: o que eles deveriam fazer e o que não deveriam fazer. Acredito que uma instituição deve estar disposta a implementar mudanças para melhorar ou descontinuar atividades que não sejam ideais para reter professores.

Para explicar, darei exemplos das minhas experiências anteriores e atuais e descreverei o que algumas instituições fazem que pode levar o corpo docente a desejar algo diferente, um lugar diferente.

 

Limitando o microgerenciamento

A primeira coisa que vem à mente é o microgerenciamento. Nunca ouvi falar de alguém que gostasse de ser microgerenciado. Agora, entendo que há momentos em que algum membro da equipe possa precisar de orientação extra – como um novo professor, por exemplo. No entanto, a menos que haja evidências de que o profissional não esteja cumprindo suas funções, deixe-o fazer o seu trabalho.

Valorizando novas ideias do corpo docente

Quando algum membro do corpo docente tem uma ideia para ajudar a promover um curso, um programa ou a própria instituição e é rejeitado, ele pode ficar desanimado. Pode até procurar outro lugar, na esperança de descobrir alguma instituição que valorize os seus pensamentos e ideias. Além disso, acredito que seja ainda mais desanimador para um docente ser levado a acreditar que suas ideias serão levadas em consideração, quando na verdade não serão consideradas. Basicamente, uma decisão já foi tomada sem pensar no que o docente tem a dizer sobre determinado assunto.

Como membro do corpo docente, entendo que em grande parte, as decisões serão tomadas sem levar em consideração como me sinto ou o que penso sobre o assunto. No entanto, o tempo de um docente é tão importante quanto o de um diretor, por exemplo. Por isso, se uma decisão já tiver sido tomada, o diretor deverá apenas informar o docente da decisão e como ocorrerá a sua implementação. Eles também devem oferecer todo o apoio necessário para a mudança.

Avaliando o corpo docente com base nas avaliações dos alunos

Algumas intuições podem avaliar os docentes unicamente por meio das pesquisas com estudantes, mas tenho um problema com isso. Nenhum professor é perfeito. Às vezes, o professor pode tomar decisões com as quais alguns alunos não concordam, mesmo que essas decisões estejam explícitas no plano de estudos. Por outro lado, também não existem alunos perfeitos. Os alunos podem escrever o que quiserem em uma pesquisa estudantil sem grandes repercussões, pois muitas dessas pesquisas são anônimas. Embora a maioria das pesquisas que recebo sejam ótimas, recebi uma pesquisa ocasional que incluía mentiras sobre algumas ações que fiz ou deixei de fazer e me retratava como um professor indiferente e ignorante. Então, as outras pesquisas anulam essa? Caso contrário, acredito que as instituições podem perder professores excepcionais.

Em relação às pesquisas com estudantes, venho do mundo do ensino médio, onde aprendi muito sobre como como algumas questões podem ser tratadas na educação. Valorizo ​​minha experiência anterior, pois pude compartilhar com colegas alguns raciocínios por trás dos motivos pelos quais alguns alunos podem ter certos comportamentos.

Por exemplo, os alunos podem pedir para refazer um teste por vários motivos (como “não tive tempo para estudar”), ou podem pedir para entregar uma tarefa com atraso. Por que eles perguntam já presumindo que está tudo bem? Pode ser porque talvez eles foram autorizados a fazê-lo no ensino fundamental e médio. Já cansamos de ver casos de que se um professor de ensino básico diz “não”, os pais ou responsável do aluno procuram a direção da escola para “conscientizar o professor”. O professor muitas vezes um professor é instruído a ir contra seus princípios. Vamos apenas admitir: as vezes é muito mais fácil não “balançar o barco” porque você pode acabar lidando com um diretor irritado, ser colocado em uma posição diferente ou sem posição alguma.

O que as instituições podem começar a fazer para melhorar a retenção do corpo docente

Vamos voltar ao que uma instituição pode fazer para que profissionais excelentes nunca queiram sair. Primeiro, encontre maneiras de mostrar aos membros do corpo docente que eles são apreciados. Pode ser por meio de folgas, como em dias de aniversário, por exemplo, ou permitindo a participação em eventos da faculdade durante o horário de trabalho sem penalidade.

As instituições também podem permitir que os professores participe de cursos ou eventos de desenvolvimento profissional que sejam realmente significativos para as áreas em que atuam e não apenas forçar uma participação sem propósito em qualquer curso ou evento e que não sejam relacionados à área do docente, o que pode acabar sendo uma perda de tempo precioso do docente.

Finalmente, se algum profissional da equipe tiver uma ideia para promover um curso, um programa ou a própria instituição, a pessoa autorizada por essa aprovação precisa dar atenção necessária para que a pessoa seja capaz de transmitir as suas ideias com clareza. A pessoa autorizada deve oferecer um acompanhamento para iniciar a implementação da ideia ou, se for o caso, explicar por que ela não pode ser realizada.

Não creio que exista algum professor que sinta que não pode ser substituído. Por outro lado, sei que minha faculdade tem professores excepcionais que trabalham duro para manter a excelente reputação e qualidade de nossa instituição. Seria uma verdadeira tragédia perder esse grande corpo docente. Sou muito grato por nossa faculdade e por minha posição como docente. Espero que as instituições tenham a preocupação de aplicar práticas que atraiam e mantenham professores e funcionários excepcionais.

 

 

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Lori Blubaugh, RHIA, é Diretora Interina de Tecnologia da Informação em Saúde no Wallace State Community College. Artigo adaptado e traduzido pela Cengage Brasil. Texto original pode ser lido aqui.